Fui abandonada, ainda bebê, em uma estrada da zona rural. Não tenho uma casa fixa para morar e , há 3 anos, escolhi ficar perambulando pela estrada, me escondendo em buracos, casas abandonadas e, às vezes, vou para uma casa brincar com meus "amiguinhos", Rebeca, Susi, Gilmar e Lupe. Tenho um companheiro de estrada e ele se chama Todinho.
Minha "tia" cuida de mim, me alimenta e me castrou, no dia 01/12/2015. Enquanto me recupero, estou na casa dela. Voltarei para a estrada, onde tenho a liberdade a qual já estou acostumada e viverei sem nenhum risco de parir filhotes.
Depois de ser muito maltratado por meu proprietário, fui recolhido, cuidado e abrigado por "pais" que me amam muito, apesar de minhas bagunças (roubar bananas e farinha láctea).
Estou muito bem, engordei e já fiz doação de sangue para amiguinhos necessitados.
Minha história é mais uma, como tantas outras de maus-tratos aos animais.
No dia 08/03/2013, a ex- Diretora Presidente da extinta ASDAN compareceu no final da
Rua Capitão Nestor, acompanhada da Polícia Militar, para atendimento de
uma denúncia de maus tratos.
No local foi encontrado um cão, de porte médio, amarrado com uma corda,
muito magro, sem alimentação e água, com a pata dianteira esquerda muito
inchada.
Também foi encontrado um cãozinho ainda filhote, preso dentro de um
reboque que transporta animais de grande porte, sem comida e água, no
meio de muitas fezes e urina.
Como não havia lugar para abrigar os dois animais, o local foi arrumado para
melhor acomodá-los. Eles foram alimentados e o dono se
comprometeu a levar o animal ferido para um atendimento veterinário no
dia 11/03/2013. Os animais foram deixados no local e a PM lavrou um BOS de
apoio, de nº 2697.
Como o proprietário do animal não cumpriu o acordo, não comparecendo
para a consulta veterinária do animal, no dia 12/03/2013, pela manhã, novamente a
Polícia Militar foi solicitada para ir ao local.
A situação encontrada foi praticamente a mesma. O cãozinho
filhote encontrava-se solto, porém com muita fome. O animal ferido
continuava amarrado com uma corda em um galpão,
bastante debilitado, com a pata dianteira muito ferida e com as vasilhas
de alimento vazia, sendo que uma delas estava suja de fubá grosso nas
bordas, aparentando ser o alimento do animal no dia a dia.
Para evitar danos maiores ao animal e com a permissão de um funcionário
que trabalha no local, o animal foi resgatado para atendimento. Não foi
possível resgatar o filhote. Foi lavrado um BO, de nº 2836.
O cão apresentava miíase (bicheira) e sofreu a amputação de 2 dedos, não sendo necessária a amputação de parte da pata.